Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes.
Carlos Drummond de Andrade
Muito linda a poesia dele sempre! beijos, ótimo dia! chica
ResponderExcluirPresente!
ResponderExcluirSrrssssssssss...
Não conhecia o poema e gostei muito de o ler. Grata.
Dias bons e bem aproveitados. Beijo.
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Excelente escolha.
ResponderExcluirO importante mesmo é vivermos e apreciarmos o melhor possível o presente.
Beijinhos
Carlos Drummond de Andrade um grande Senhor da língua portuguesa.
ResponderExcluirUm abraço e bom Domingo.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Oi, Érika, Drummond é fantástico, simples, claro, mas profundo! Não é por nada que é considerado nosso maior poeta!
ResponderExcluirBeijinhos, uma ótima semana!
Volto para ler o último post.
Bom ver Drummond por aqui na sua sempre bela escolha de partilha.
ResponderExcluirSou conterrâneo dele e hoje sua fazenda(museu) fica perto da casa de minha mãe.
Eternamente Drummond depois da pedra no caminho.
Carinhoso abraço.
Sempre um prazer enorme ficar a conhecer mais um pouco da obra deste grande autor!
ResponderExcluirBeijinhos
Ana