Por que existem tantas guerras?

Ao longo da História da Humanidade, romanos, árabes, gregos, mongóis e muitos outros povos, em todos os cantos do planeta, delimitaram com o sangue de milhões de pessoas as fronteiras que atualmente devem ser mundialmente respeitadas.

A busca por acumulação de riquezas, a ambição por ampliar territórios e poder, a intolerância e o desrespeito pelas diferenças de etnias, religião e cultura entre as pessoas sempre levaram os soberanos a usar quaisquer meios para atingir seus objetivos. Não importava a dor e a vida de milhões de pessoas, que muitas vezes nem sabiam por  que estavam lutando ou sofrendo as penas das guerras.

Os incontáveis relatos e imagens das atrocidades cometidas nas guerras nunca foram suficientes para convencer os govenantes a não utilizá-las para conquistar mais poder. Elas continuam sendo o instrumento pelo qual aqueles que dominam o espaço terrestre tentam impor seu domínio até os dias de hoje.

Embora existam meios diplomáticos extremamente eficientes para evitar o uso da violência e da opressão, levando ao entendimento entre os povos, as guerras continuam a proliferar, em pleno século XXI, aterrorizando e matando em vários continentes.

Nesse panorama de conflitos, em que o raciocínio primitivo prevalece sobre o senso de coletividade, observamos as grandes potências investirem bilhões em recursos para ampliar cada vez mais a tecnologia aplicada à indústria de armamentos, quando poderiam empregá-los na erradicação da miséria, na cura de doenças ou na preservação  ambiental. Vemos também essas nações justificarem tais investimentos alegando que necessitam estar preparadas para manter a segurança da população, que muitas vezes não tem condições básicas de sobrevivência por falta de investimentos internos que lhe garantam uma vida digna, porque foram desviados para a tecnologia bélica.

A indústria e o comércio de armas têm crescido em todo o mundo e gerado concorrência entre as grandes potências mundiais, estimulando os países pobres a investir na tecnologia bélica ou na comercialização de armas, desviando recursos de áreas essenciais para sua população.

Os armamentos também chegam de forma ilegal às mãos  de gangues e grupos guerrilheiros, que os utilizam para oprimir populações carentes em países pobres, escravizando-as pelo terror, de acordo com seus interesses e intenções políticas ou econômicas. Esses grupos transformaram-se em verdadeiros poderes paralelos, ligados em geral ao tráfico de drogas ou a políticos que se opõem aos governos locais, originando sangrentas e cruéis guerras civis, principalmente na África e na América.

A Segunda Guerra Mundial ( 1939-1945)  a mais sangrenta de que se tem notícia, trouxe alguns avanços na tentativa de entendimento entre as nações. Após seu término, foi criada a  Organização das Nações Unidas (ONU), com o intuito de estimular o diálogo e a diplomacia para evitar conflitos. Embora a ONU não tenha conseguido impedir que as guerras aconteçam, é atualmente a mais importante instituição mundial para a promoção do diálogo e a manutenção da paz entre os povos do mundo.

Fontes das imagens: Google
Fonte do texto: BELINE, Sandra, Joyce Marins Araújo Santos. EJA 8º ano,  3ª edição, São Paulo, IBEP. 2013, págs. 245- 246.