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quarta-feira, 7 de novembro de 2018

A história do Amazonas

O Estado do Amazonas, o maior do Brasil, com 156445 km2, tem 94%  de sua área cobertos pela floresta equatorial. Sua população está dipersa me poucos núcleos a beira dos rios amazônicos. Conheça um pouco agora sobre a sua história e fatos importantes sobre esse belíssimo estado.


Quando o Brasil foi descoberto, o Amazonas pertencia aos espanhóis, por causa do Tratado de Tordesilhas (que praticamente cortava o país ao meio no sentido vertical, dando posse das terras a oeste para a Espanha e a lste para Portugal). Mas desde o século XVII os portugueses começaram a adentrar pela região. Em 1669, Francisco da Mota Falcão ergueu, no local onde hoje se encontra Manaus, o forte de São José do Rio Negro. As disputas com a Espanha pela posse da região terminaram em 1750, com a assinatura do Tratado de Madri. que fixou os limites do Brasil a oeste de Tordesilhas. Até a utilização da borracha ( que foi descoberta em 1720 pelo missionário carmelita frei Manuel da Esperança e se tornou economicamente importante na metade do século XIX, quando o norte-americano Charlees Goodyear inventou o processo de vulcanização, permitindo o uso da borraha em pneus de automóveis, correias de máquinas, etc), a economia do Amazonas se baseava na extração de madeiras, cacau e especiarias.

Fonte da imagem: gold trip

Manaus, a capital do Amazonas, está encravada no coração da selva e teve seu momento de glória entre 1890 e 1920, devido ao "ciclo da borracha". Nessa ocasião, a cidade aproveitou uma prosperidade que as capitais do Sul ainda não haviam experimentado: água encanada, bondes elétricos, avenidas construídas sobre pântanos aterrados,  imponentes  edifícios entro os quais o luxuoso Teatro Amazonas, o Palácio do Governo, o Mercado Municipal, o prédio da Alfândega. Mas, com a decadência do "ciclo da borracha", a economia amazonense entrou em colapso da noite para o dia.

Em 1967, com a criação da Zona Franca, um centro de livre comércio, a cidade voltou a se destacar. Nesse local se podem comprar bens de consumo e equipamento pesado entrangeiros sem pagar impostos de importação. Por causa disso, surgiram várias indústrias ( que importam peças e montam aparelhos) e o comércio prosperou. Em 1972, por exemplo, a Sharp instalou na cidade a primeira fábrica de calculadoras eletrônicas do país, produzindo também minicomputadores e televisores em cores.

Pouca gente, muita água.

No Amazonas, a presença do homem quase não se reflete na paisagm. Ela se manifesta principalmente nas pequenas clareiras abertas nas margens dos rios e separadas umas das outras por centenas de quilômetros. Essas clareiras normalmente abrigam umas poucas fazendas, com algumas dezenas de habitantes. Mas é também na margem dos rios- e às vees até mesmo sobre os rios, em casas flutuantes - que se erguem as cidades. São cidades minúsculas, com poucos milhares de habitantes, que mesmo assim abrigam, juntamente com Manaus, 60%  da população do Estado. As principais cidades amazonenses, fora a capital, são Manacapuru, Itacoatiara, Parintins, Coari e Careiro. 

Até 1930, a economia amazonense baseou-se na extração da borracha, mas como essa indústria tornara-se francamente deficitária, o Governo estadual projetou, no início da década de 80, a implantação de 50 000 hectares de seringais de cultivo, visando à produção de 15 000 t anuais, só nesses campos. Apesar de sofrer concorrência da borracha sintética, a borracha natural ainda é exportada. Para obtê-la, os seringueiros seguem, ainda hoje, o mesmo processo utilizado no século XIX: andam pela selva, fazendo cortes na casca da seringueira e amarrando um pequeno caneco na árvore, para recolher a seiva (látex) que escorre dos cortes. O látex é depois enrolado em torno de um bastão sobre a gumaça de uma fogueira de lenha verde ("defumação"), obtendo-se "bolas" de borracha" de até  40 kg de peso. A Essa borracha é então vendida aos seringalistas (donos das terras onde estão os seringais), que a revendem aos exportadores. 

Imagem de amazonense.
Outra atividade muito importante é a extração dos recursos florestais: madeiras,  castanha-do-pará, piaçava, guaraná, etc. O principal produto da agricultura, desenvolvida nas várzeas (sobretudo na desenbocadura do rio Purus), é a juta (fibra têxtil), introduzida pelos japoneses em 1930. Destacam-se ainda na área da agricultura a mandioca,  o cacau e a pimenta do reino. A pecuária enfrenta um problema bastante sério: o gado pode ser criado nas várzeas, mas na cheia deve ser transportado para a terra seca, onde quase não há pastos. Assim, a melhor e mais abundante fonte de proteína - tanto para  alimentar a população como para fins de exportação - é a pesca das espécies fartas e variadas que habitam os rios amazônicos: pirarucu, tucunaré etc.


E então, conhecia os fatos citados acima sobre o Estado do Amazonas? Espero que sim.:)



Fonte: Conhecer atual - Brasil, Circulo do Livro, 1999.

14 comentários:

  1. Querida Erika, que bela postagem, cheguei a poucos dias de minha viagem, estava em férias, bem nesse lindo lugar, Manaus, mas da capital até aos lugares turísticos que me fazem amar a rica natureza!
    Inauguraram e eu fui no primeiro dia da inauguração do museu em que conta toda a história de Manaus e do Amazonas!
    Fui em uma das cidades pequenas,Careiro, como curiosidade para ver o encontro das águas de outro ângulo, nossa, que coisa boa te ler aqui e me sentir por dentro!
    Sexta vez que viajo a esta linda parte do nosso rico Brasil, ou melhor, sempre viajo para conhecer o Brasil, pois nosso País é imbatível em riquezas e belezas naturais!
    Parabéns pela postagem, amei ler!
    Abraços apertados!

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  2. Ah, acho até que o Teatro Amazonas é mais rico do que o nosso Teatro Municipal de São Paulo!
    Amei ir em todos os lugares, três semanas depois de ter ido cinco vezes lá, deu para completar todo o meu conhecimento sobre essa cidade próspera!
    Magia estar numa cidade assim e em pouco tempo estar no meio da mata, nas aldeias indígenas pegando no colo uma linda preguicinha,rsrs, pois as grandes nem dá!
    Tenho muitas fotos para nunca esquecer!
    Mais abraços!

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  3. Querida Erika, que bela postagem!

    Quem me dera um dia poder visitar a AMAZÓNIA
    um sonho difícil de conseguir
    OBRIGADA pela partilha.

    94% de sua área cobertos pela floresta equatorial.
    ADORO A NATUREZA

    Este domingo cheguei da TURQUIA
    depois de 2 semanas de ausência
    estou de volta aos blogues
    e, entre ontem e hoje já fiz 3 posts
    em blogues diferentes
    caso queira espreitar, aqui:
    http://tempolivremundo.blogspot.com/

    http://momentos-perfeitos.blogspot.com/

    http://meusmomentosimples.blogspot.com/

    há para todos os gostos.
    Beijinhos e boa semana.
    Tulipa

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  4. Debe ser un lugar maravilloso que me gustaría conocer. Hoy te doy la bienvenida a mi blog y espero volver a tener tiempo de visitarte mas veces. Un abrazo

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  5. Não conhecia tanto assim,como ainda não conheço a Amazônia! Ainda não!! Quem sabe??? bjs, tudo de bom,lindo fds!chica

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  6. Olá, Erika!

    Sou portuguesa, mas o 1º parágrafo de seu post me é familiar, pke tenho formação académica superior em História.

    A partir do "ciclo da borracha", quase fiquei em branco, pois pouco ou nada sabia desse imenso Amazonas e de suas características. Você foi bem detalhista nos contando factos importantes dessa região, nomeadamente na parte económica.

    Gostei da imagem do amazonense. Que típico!

    A "fonte", bibliografia onde "bebeu" me parece bem completa e explícita.

    Beijos e bom fim de semana.

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  7. well written article.
    greeting - evi erlinda

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  8. Un buen articulo en el que nos muestras la historia de esa zona de Brasil.
    Si la climatología no lo hubiera impedido el pasado fin de semana quise visitar la localidad de Tordesillas y entre otros lugares el edificio donde se firmo el tratado.

    Saludos.

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  9. Conhecia-os em geral, porém, gostei deles assim arrumados
    em descrição histórica.
    Gostei da leitura de um lugar que também me pertence, por
    ser o pulmão do Mundo... rsrsrs...
    Dias animados e agradáveis.
    ~~~~~~~~

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  10. Um post excelente, obrigado pela partilha.
    Bom fim de semana
    Beijinhos
    Maria
    Divagar Sobre Tudo um Pouco

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  11. Não conhecia muito. Só alguns fatos. Foi uma aula e tanto. Abraços literários.

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  12. Um post fantástico, que me deu a conhecer muito mais, sobre esta fascinante região!...
    Excelente suporte informativo!
    Beijinhos
    Ana

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