O museu e o declínio.

Domingo passado me deparei com uma notícia triste, lastimável para a humanidade: o Museu Nacional, no Rio de Janeiro,havia sido destruído pelas chamas.

O museu possuía o quinto maior acervo do mundo, continha toda a coleção de rochas da Imperatriz Leopoldina, os murais de Pompeia da Imperatriz Teresa Cristina, as múmias e artefatos que Dom Pedro II havia ganhado em uma viagem ao Egito, bem como o fóssil de 12 mil anos de Luzia. Sem falar das inúmeras outras peças que tinham valor inestimável. Muitas pessoas já haviam alertado que em algum momento, devido a estrutura comprometida do local, isso iria acontecer. 

A história, ciência e a cultura no nosso país andam de mãos dadas com o descaso, irresponsabilidade, e corrupção. As pessoas não lêem mais, não se informam, nem estudam. Nas escolas e universidades, os alunos se habituam a reproduzir conteúdos ao invés de desenvolverem o pensamento crítico e o pensamento criativo. O nosso país forma e entrega diplomas a pessoas sem ética, sem capacidade de entender e compreender o mundo e o próximo, sem se importar com o futuro e com as próximas gerações. Nossos magistrados são mais valorizados pelo seu status social, pelo seu currículo profissional do que pela sua capacidade de mudar o mundo ao redor. 

Eu nunca fui neste museu. Quando viajei ao Rio de Janeiro, só tive tempo de ir ao Cristo Redentor, à praia de Copacabana, ao Forte e ao Palácio do Catete. Uma pena que nem eu, nem as próximas gerações poderão ter a oportundidade de visitar um local tão incrível, tão rico de arte, cultura, conhecimento e informação.

Não quero me limitar a propagar notícias ruins. Apesar da nossa história estar morrendo um pouquinho por dia, quero fazer minha parte e quero fazer com que as pessoas se inspirem a estudar,  a ler, se informar e procurar sempre ser melhor a cada dia. Este blog tem o prazer de existir a mais de sete anos divulgando, informando e produzindo conteúdo. 

Então, este foi meu desabafo. Que possamos ser cada vez melhores, mais éticos, mais curiosos, mais altruístas, responsáveis generosos. A humanidade precisa disso. 

Fonte da imagem:  Revista Veja.