Venho rogar vossa ajuda
Pra afastar assombração
De todo mal nos acuda”
Guaipuan Vieira
A terrível história da perna cabeluda (cordel)
Em pleno século XXI, as histórias assombradas permanecem no imaginário popular. Livros e filmes recriam o sobrenatural e remodelam personagens como lobisomens, vampiros, fantasmas, feiticeiros, bruxas, magos e almas penadas. Obras que apresentam esses seres como Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse, Harry Potter e Éragon batem recordes de venda e de público. A internet também já se apoderou da temática; vários blogs postam matérias arrepiantes.
O predomínio do espírito de horror medieval pode ser verificado nas obras góticas, como as gárgulas demoníacas de Notre Dame. Não só a pintura se apropriava das histórias assombradas, muitas delas transformadas em literatura formal ecoam entre os leitores até hoje.
Quem já não dormiu sobressaltado depois de uma sessão de contação horripilante? Ou deixou de ir ao banheiro, mesmo “apertado”, por causa de uma certa loura? E quem já correu da Perna Cabeluda? E do Velho do Saco? A maioria dessas histórias faz parte do folclore brasileiro. De origem oral, as histórias foram passadas de geração a geração, daí as variações.
Algumas regiões brasileiras são mais prósperas. O Recife, por exemplo, tem um largo repertório assombrado que foi eternizado em livro pelo sociólogo Gilberto Freyre, Assombrações do Recife Velho.
Fortaleza também possui suas assombrações. No Cemitério São João Batista corre a lenda de uma moça que desobedeceu à mãe e, após a morte, virou cobra e até hoje foge da sepultura. Esta narração é muito próxima às narrativas de cordel, em que um humano é metamorfoseado por descumprir um preceito moral.
Outra história é a bailarina fantasma do Theatro José de Alencar. Dizem os funcionários do local que a bailarina corre pelo teatro. Vestida de azul, quase transparente, ela vaga pelos corredores e dança eternamente no palco não iluminado. A assombração virou livro. Socorro Acioly reconstruiu a lenda urbana e publicou O Fantasma da Bailarina.
Fortaleza também possui suas assombrações. No Cemitério São João Batista corre a lenda de uma moça que desobedeceu à mãe e, após a morte, virou cobra e até hoje foge da sepultura. Esta narração é muito próxima às narrativas de cordel, em que um humano é metamorfoseado por descumprir um preceito moral.
Outra história é a bailarina fantasma do Theatro José de Alencar. Dizem os funcionários do local que a bailarina corre pelo teatro. Vestida de azul, quase transparente, ela vaga pelos corredores e dança eternamente no palco não iluminado. A assombração virou livro. Socorro Acioly reconstruiu a lenda urbana e publicou O Fantasma da Bailarina.
A Bailarina Fantasma |
Já no Teatro São José existe um alçapão que dá acesso ao Museu do Maracatu. Segundo o povo, quem ousasse descer as escadas do alçapão, esbarraria no fantasma do Pretinho das Bonecas que sorria com seu batom vermelho e girava a boneca na direção do desafortunado.
As casas mal assombradas também estimulam um capítulo à parte. Na obra A Casa, de Natércia Campos, a narração é feita pela própria Casa que diz conhecer todas as assombrações existentes no sertão, desde a morte, as almas penadas, ou o morcego que vem chupar o sangue de uma criança etc.
Em Pentecoste, aqui mesmo no Ceará, tem a história da Pedra do Pecado. Contam os mais antigos que havia, na localidade, uma pedra acolhedora dos amores clandestinos. Um dia, a irmã de uma beata marcou um encontro secreto e lá foi descoberta pela religiosa, que lançou uma maldição na pedra. Depois disso, os enamorados evitaram o local. Muito tempo depois, a pedra foi arrancada para a construção do açude Pereira de Miranda. Dizem que até hoje quem mergulha no local da pedra morre afogado.
No Brasil, o próprio Machado de Assis criou um narrador fantasma em seu livro Memórias Póstumas de Brás Cubas e brincou com concepções sobre a vida e a eternidade.
No Brasil, o próprio Machado de Assis criou um narrador fantasma em seu livro Memórias Póstumas de Brás Cubas e brincou com concepções sobre a vida e a eternidade.
Agora que você lembrou algumas histórias para assombrar e sabe como elas impressionam as pessoas, que tal montar um grupo de contação aí na sua casa? Selecione um bom narrador, pesquise o repertório, escolha um dia de lua cheia, arrume as cadeiras em círculo e sente que lá vem a história!
Fonte: Revista: pense
Que post interessante! Realmente o nosso país está repleto de histórias que fazem parte do imaginário popular. De vez em quando aparece algum "mito novo" para movimentar ainda mais a imaginação das pessoas. Na minha época de escola a famosa era a "Loira do Banheiro", rs... e tinha gente que jurava de pé junto que a tinha visto. Muito legal o post. Bjss
ResponderExcluirMedo de dormir agora *0* kkk
ResponderExcluirMuito legal o post!
Adorei!
ótimo final de semana!
bjus
http://prypensando.blogspot.com.br/
E que Deus Abençoe Você pela Alma linda e Amiga,
ResponderExcluirpor esse Coração grande que você tem,
por tudo aquilo que você é.
Que Deus nos abençoe a todos,
desde o primeiro segundo da
manhã até o ultimo da madrugada.
Que Deus ande pelos
caminhos da vida e nos mostre
a estrada do eterno renascer.
Sinta agora um abraço sincero,
forte e carinhoso agora.
Beijos no coração afagos na sua alma.