... o hábito de comer milho no São João?
Dos Celtas aos portugueses, do trigo ao milho, uma nova visão sobre nosso tradicional São João
“A fogueira está queimando em homenagem a São João”, diz a famosa canção junina.
Mas a história desta festa que nos parece tão brasileira remonta a uma renovação de um ritual celta pela Igreja Católica. Os povos antigos da Europa acendiam fogueiras para espantar os maus espíritos no começo do verão. Para eles, isso garantiria uma boa colheita.
Tal ritual pagão incomodava a Igreja, que sem poder lutar contra, inseriu a festa em seu calendário, passando a comemorar o nascimento de São João, em 24 de junho. A festa “joanina”, como então se chamava, chegou ao Brasil com os portugueses que aqui aportaram.
Se na Europa o verão começava, aqui a quadra chuvosa principiava. E com ela, a colheita do milho, que
havia florescido com as chuvas de março, abril e maio. E se iniciadas no dia 19 de março, dia de São José, a fartura estava certa. Na falta do trigo utilizado em terras lusas, o cereal já apreciado pelos índios aqui tomou seu lugar.
Assim, misturando rituais pagãos transformados em católicos pela Igreja, colocamos essa pitadinha indígena ao cardápio de nossa festa junina, que se tornou uma criativa comemoração de inverno, esquentada pela fogueira e pelo som de uma sanfona.
Fonte: Revista pense!
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