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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

40% das línguas do mundo podem desaparecer


           Segundo a Unesco, de 6 mil línguas faladas no planeta, 2.500 correm o risco de desaparecer.
        Nos últimos 30 anos, 200 línguas desapareceram da face da terra; a última foi a Eyak, do Alasca, com a morte em 2008 da última pessoa que a dominava.
        Em termos mundiais, o país onde existem mais línguas à beira da extinção é a Índia, que alberga 196 línguas ameaçadas destas 2500, seguida pouco depois pelos EUA, com 192 e pela Indonésia com 147… Ou seja, um dos países mais desenvolvidos do mundo, os EUA, é também tristemente um dos que menos apoio tem dado à sua própria riqueza linguística, fonte essencial de cultura, desenvolvimento e sustentáculo fundamental de qualquer sociedade humana verdadeiramente diversa e multicultural. Ironicamente, o país linguísticamente mais rico, a Papua Nova Guiné… onde se falam mais de 800 línguas é um dos menos ameaçados, com apenas 88 nesta lista de línguas em risco.
        Nem tudo é mau, felizmente… Algumas línguas ameaçadas, como o Cornich, uma língua céltica falada na Cornualha (sul de Inglaterra) e o Sishee, na Nova Caledónia (Pacífico sul) saíram do grupo de risco. E o mesmo sucedeu noutros locais onde os governos deram o apoio necessário à sobrevivência de varias línguas ameaçadas. Este foi o caso do Peru e da Nova Zelândia, por exemplo, países que compreenderam a tempo que o processo descaracterizante e anulador da Globalização é também cultural e que somente pela resistência à imposição do inglês como “língua única”, os povos locais podem preservar a sua independência cultural, económica e política, porque sem uma língua nacional, não há nação e sem nação não poderá jamais haver uma Pátria com a qual as pessoas se possam identificar e com que possam partilhar sentimentos de pertença, abstraindo assim da sua mera existência quotidiana e banal.
        Segundo a UNESCO, 199 línguas são faladas por grupos inferiores a 10 pessoas.
        A Unesco acredita que o desaparecimento de línguas “empobrece a herança cultural humana”, em especial aquela associada a tradições.








         Acredita-se que os principais fatores que pressionam para o desaparecimento de línguas, nos tempos atuais, são a migração e a rápida urbanização.


Veja mais aqui, no site da UNESCO:

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