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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Como Falar com Deus

"Grande é a Glória de Deus. Ele é real e pode ser encontrado... Silenciosa e infalivelmente à medida que você percorre o caminho da vida, chegará a conclusão de que Deus é o único objetivo, a única meta que lhe satisfará; porque em Deus está a resposta a todos os desejos do coração."


Paramahansa Yogananda, Como Falar com Deus 


Retiro do Silêncio, setembro de 2011
Recanto Sagrado Coração de Jesus. Fortaleza-CE.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Um Nobre Começo

"Cante canções que ninguém cantou,

Pense o que nenhum cérebro pensou,

Ande por caminhos nunca antes trilhados,

Chore por Deus lágrimas que ninguém chorou,

Leve paz a quem ninguém levou,

Abrace os que por toda parte são desprezados. 

Ame a todos com amor por ninguém sentido, e trave 

A batalha da vida com vigor incontido."


Paramahansa Yogananda, A Lei do Sucesso


Retiro do Silêncio, março de 2011
Sítio Shalon da Tabuba. Caucaia-CE.

domingo, 20 de novembro de 2011

Dia da Consciência Negra

O Dia 20 de novembro foi instituído como Dia da Consciência Negra. A data é uma referência ao dia em que Zumbi dos Palmares  sucumbiu à morte, depois de muita resistência. Fortaleza foi a primeira capital do Brasil a libertar seus escravos em 24 de maio de 1883. O Ceará também foi o primeiro estado a abolir a escravatura, em 25 de março de 1884, recebendo do escritor abolicionista e republicano José do Patrocínio o titulo de Terra da Luz.
A corte do Nação Fortaleza encenou a coroação dos reis negros na avenida Domingos Olímpio (FCO FONTENELE)
Na foto, uma das manifestações da cultura popular brasileira, afrodescendente, o Maracatu.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Busque Deus Agora!

"Não procure Deus com segundas intenções, mas reze a Ele com devoção- devoção incondicional, exlusiva, imperturbável. Quando seu amor a Ele for tão grande quanto o seu apego ao corpo mortal, Ele virá a você."

Paramahansa Yogananda, A Eterna Busca do Homem

Retiro Espiritual do Silêncio, março de 2011
Sítio Shalon da Tabuba. Caucaia-CE.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Um mundo curioso

Estátua de  La Trobe 
Essa curiosa estátua fica no centro da cidade de Melbourne, na Austrália, e chama a atenção de moradores e visitantes que passam por lá. O homem que está de ponta cabeça foi governador do estado de Victória entre 1839 a 1854 e se chama Charles de La Trobe. Ele foi responsável pela criação da Universidade de Melbourne, da biblioteca estadual e do jardim botânico. Mas La Trobe foi sendo esquecido ao longo do tempo, razão que levou o artista Charles  Robb a prestar-lhe a digna homenagem através de uma escultura de cabeça para baixo.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Quando olhares em torno


QUANDO OLHARES EM TORNO
e tudo parecer treva
escuridão
fantasma,
antes de clamar

contra a maldade dos tempos
e os homens
examina
se estás sendo
a luz que deves ser...

Do livro "MIL RAZÕES PARA VIVER" (Meditações do Padre José), de Dom Helder Câmara.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Novas Sete Maravilhas da Natureza

Amazônia, no Brasil

Cataratas do Iguaçu, no Brasil

Baía de Halong, no Vietnã

Komodo, na Indonésia

Ilha de Jeju, na Coréia do Sul

Table Mountain, na África do Sul

Rio Subterrâneo de Puerto Princesa, nas Filipinas 

A eleição para as "Novas Sete Maravilhas da Natureza" teve inicio em 2007, logo após a eleição das "Setes Novas Maravilhas do Mundo", em que o nosso Cristo Redentor foi eleito.
A votação terminou neste dia 11 de novembro de 2011.
A iniciativa partiu do empresário suíço, Bernard Weber, que criou a Fundação New Wonder em 2001, e a eleição dos sítios promete incrementar o turismo dos países escolhidos, aumentando a visibilidade da região no cenário internacional.

sábado, 12 de novembro de 2011

Desenvolver o discernimento para julgar

"Aprenda a ser guiado por sua consciência, o divino poder do discernimento dentro de você."

Paramahansa Yogananda, Onde Existe Luz

Retiro Espiritual do Silêncio, março de 2011
Sítio Shalon da Tabuba.  Caucaia-CE.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Manifestações da Cultura

O idioma utilizado

As crenças e a religião praticada 

As regras que todos devem seguir

Tradições, hábitos e costumes
Ficheiro:Jacob und Wilhelm Grimm.png
Os irmãos: Grimm e Herder

As manifestações artísticas na pintura, na escultura, na música, na dança e no artesanato


Conhecimentos científicos e técnicos

O modo de vestir

Culinária

Manifestações Folclóricas

Cada Povo tem seu costume, sua forma de se relacionar e a variedade de manifestações é portanto a causa e a consequência de seu modo de viver.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Aleijadinho

UM GÊNIO DA ESCULTURA UNIVERSAL


Na segunda metade do século XVIII, ninguém em Minas Gerais poderia imaginar que na figura humilde do mulato Antônio Francisco Lisboa estava escondido um dos maiores escultores do continente americano. Sua obra, cujo valor artístico é hoje reconhecido no mundo inteiro, conquistou elogios dos mais respeitados conhecedores de arte.

Filho de um imigrante português, Manuel Francisco Lisboa, e de Izabel, uma escrava africana, Antônio Francisco Lisboa nasceu em Vila Rica (hoje Ouro Preto) em 1930 e faleceu em 1814 na mesma cidade, aos 84 anos.

Em sua  longa vida, não foram poucos os obstáculos que superou para seguir o caminho artístico. Existia, em sua época, um imenso preconceito racial e ele, filho de escrava, era olhado com desprezo pela sociedade. Em certos casos chegaram a proibi-lo de assinar seus próprios trabalhos de escultura como se eles não fossem dignos do mulato que os produzia.

 Nada porém, conseguiu deter a criatividade daquele humilde mulato que cursou apenas a escola primária; nem mesmo a terrível doença que lhe deformou o corpo.

Foi aos poucos ficando mutilado nas mãos, nos dedos, nos pés, chegando a ter que andar de joelhos e pedir que alguém lhe amarrassem em seus punhos o martelo e o cinzel -  seus instrumentos de trabalho - , dando  prosseguimento à sua atividade criadora, que, além de obras de escultura, foi arquiteto, entalhador e decorador.

 Seu talento artístico e sua criatividade aparecem em alguns edifícios e principalmente nas igrejas de Ouro Preto, Sabará, Mariana, Congonhas do Campo, São João Del Rei e outras cidades de Minas Gerais. Lia muito a Bíblia de onde tirava inspiração para suas obras predominante religiosas.

Em consequência da doença, o povo o chamava de Aleijadinho, apelido com que ficou conhecido no decorrer da história.
 Mas, como disse o poeta Manuel Bandeira, "o diminutivo" Aleijadinho é significativo de pura compaixão e meiguice brasileira. O homem a que ele se aplicou nada tinha de fraco nem pequeno: era, em sua deformidade, formidável... Toda a sua obra de arquiteto e escultor é de uma saúde, de uma robustez, de uma dignidade a que não atingiu entre nós nenhum outro artista plástico.
Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto-MG.

Detalhes  do Portal  da Igreja 

Um dos passos da Via Sacra em madeira policromática.

Profeta Daniel - Escultura em pedra-sabão integrante do conjunto arquitetônico do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas do Campo-MG.

Profeta Isaías

Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas do Campo-MG.

A última ceia - Santuário de Matosinhos Congonhas do Campo-MG.

O Aleijadinho foi um homem de grande força de vontade, persistência e dedicação. Enfrentou dificuldades e sofrimentos físicos e morais, mas apesar de tudo realizou um trabalho magnífico. É um exemplo comovente de rara grandeza humana.

 http://www.museualeijadinho.com.br/

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Como falar com Deus

“Trabalhe, coma, caminhe, ria, chore, medite – só para Ele. É a melhor maneira de viver. Se assim proceder, você será verdadeiramente feliz – servindo-O, amando-O, comungando com Ele.”

Paramahansa Yogananda, A Eterna Busca do Homem




domingo, 6 de novembro de 2011

Somos todos da Idade Média

Pouca gente se dá conta, mas muitos hábitos, conceitos e objetos tão presentes no nosso dia a dia vêm daquela época.

Pensemos num dia comum de uma pessoa comum. Tudo começa com algumas invenções medievais: ela põe sua roupa de baixo (que os romanos conheciam mas não usavam), veste calças compridas (antes, gregos e romanos usavam túnica, peça inteiriça, longa, que cobria todo o corpo), passa um cinto fechado com fivela (antes ele era amarrado). A seguir, põe uma camisa e faz um gesto simples, automático, tocando pequenos objetos que também relembram a Idade Média, quando foram inventados, por volta de 1204: os botões. Então ela põe os óculos (criados em torno de 1285, provavelmente na Itália) e vai verificar sua aparência num espelho de vidro (concepção do século XIII). Por fim, antes de sair olha para fora através da janela de vidro (outra invenção medieval, de fins do século XIV) para ver como está o tempo. 

Iluminura mostrando pessoas em uma cidade medieval. Faz parte do livro Vigílias de Carlos VII, de Martial d'Auvergne, de cerca de 1484.
Ao chegar na escola ou no trabalho, ela consulta um calendário e verifica quando será, digamos a Páscoa próximo ano: 08 de abril de 2012. Assim fazendo, ela pratica sem perceber alguns ensinamentos medievais. Foi um monge de século VI que estabeleceu o sistema de contar os anos a partir do nascimento de Cristo. Essa data (25 de dezembro) e o dia de Páscoa (variável) também foram estabelecidas pelos homens da Idade Média. Mais ainda, ao escrever aquela data - 08/04/2012 -, usamos os chamados algarismos arábicos, inventados na Índia e levados pelos árabes para a Europa, onde foram aperfeiçoados e difundidos desde o começo do século XIII. O uso desses algarismos permitiu progressos tanto nos cálculos cotidianos quanto na matemática, por serem bem mais flexíveis que os algarismos romanos anteriormente utilizados. Por exemplo, podemos escrever aquela data com apenas seis  sinais, mas seria necessário o dobro em algarismos romanos (VIII/IV/MMXII).

Página do mês de outubro do Livro de horas da duquesa de Burgundy, do século XV.
Sentindo fome, a pessoa levanta os olhos e consulta o relógio na parede da sala, imitando gesto inaugurado pelos medievais. Foram eles que criaram, em fins do século XIII, um mecanismo para medir o passar do tempo, independentemente da época do ano  e das condições climáticas. Sendo hora do almoço, a pessoa vai para casa ou para o restaurante e senta-se à mesa. Eis aí outra novidade medieval! Na Antiguidade, as pessoas comiam recostadas numa espécie de sofá, apoiadas sobre o antebraço. Da mesma forma que os medievais, pegamos os alimentos com colher (criada aproximadamente em 1285) e garfo (século XI, de uso difundido no XIV). Terminada a refeição a pessoa passa no banco, que, como atividade laica, nasceu na Idade Média. Depois para autenticar documentos, dirige-se ao cartório, instituição que desde a Alta Idade Média preservava a memória de certos atos jurídicos ("escrituras"), fato importante numa época em que pouca gente sabia escrever.
 Fonte: FRANCO JÚNIOR, Hilário. Somos todos da Idade Média. Revista de História da Biblioteca Nacional. 

sábado, 5 de novembro de 2011

Vinhetas

      1. LIPOGRAMA. Significa composição literária na qual deixam de ser empregadas uma ou mais letras do alfabeto.
      O estimado jornalista Raimundo Andrade de Paiva enviou-nos este de sua autoria, sem as vogais A, I e U:
       "No mesmo momento, nos olhos dele, de frente, podemos ver-lhe o medo de ser. Com o emprego do processo do jogo da mente podem ser descobertos os poderes deste desonesto homem. Sempre oro pelos erros dele e se é venenoso e ofende é porque todos o têm como elemento doloroso, pelo proceder constante.
Só é bom entre nós o decente e o de senso. Corromper os outros é perverter-nos, sendo desconforme com o nosso ego.
       Por onde formos deveremos oferecer bons exemplos, mesmo sem retorno.
       Ordem e progresso é o que devemos ter em mente em prol do nosso desenvolver e esperemos por melhor sorte no decorrer dos tempos.
        Se sofremos pelos desonestos, demonstremos ser-lhes corteses, porque se eles nos compreenderem, nós os entenderemos. Voltemos os olhos em favor deles e teremos como certo o bom êxito".

       2. CULTO, ERUDITO E SÁBIO. Três termos não equivalentes. O culto é instruído, sabedor. O erudito tem saber variado e profundo. O sábio possui os conhecimentos dos dois primeiros, acrescidos de talento incentivo, criador.

Publicado em 18 de outubro de 1986
Jornal O POVO                                                 Itamar Espíndola

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Busque Deus Agora!

"Lembre-se: é você quem deve viajar para o reino dos céus; ele não virá por remessa especial. Cada homem tem de trilhar sozinho o seu próprio caminho. A partir de hoje, do fundo de seu coração, tome a decisão de buscar Deus."

Paramahansa Yogananda, A Eterna Busca do Homem

Retiro do silêncio, março de 2011
Sítio Shalon da Tabuba. Caucaia-CE

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Painel fotográfico

A arte do século XX

A arte no século XX sofreu fortes transformações. Todos os conceitos pré-estabelecidos  foram questionados e reformulados, na maioria das vezes foram modelados como forma de protesto contra  sociedade vigente.

Principais correntes artísticas ocorridas na pintura

Expressionismo
O principal pintor expressionista é o norueguês Edvar Munch (1863-1944), autor de quadros intensamente dramáticos, como O grito. Nessa obra, "a  figura humana não possui substância, contorce-se e gesticula sob a pressão se suas emoções. As formas sinuosas do céu e da água, e a forte diagonal da ponte, tudo conduz o olhar para a boca que se abre num grito. Embora existam outras pessoas na ponte, há uma atmosfera de aterrador isolamento. O grito mostra que não existe fuga possível do ser, somente a sua dor insuportável. No quadro, não há alívio para o olhar, nenhuma parte do fundo que não seja agitada A ênfase sobre linhas fortes e ritmos vigorosos, a agitação na manipulação da tinta, tudo torna visível a emoção do artista".
O grito (1893), de Munch.
Cubismo
Em 1907, o pintor espanhol Picasso e o Francês Braque desenvolveram as ideias do Cubismo, um movimento artístico que teria enorme influência sobre a arte do século XX. A pintura cubista caracteriza-se pelo abandono da representação de um ângulo do tema, que é substituído pela combinação de numerosos ângulos sobrepostos, frequentemente de forma geométrica.
A obra que marca o início do Cubismo é Les demoiselles d'Avignon, de Picasso. As figuras parecem ser compostas de várias facetas do corpo feminino, porém vistas de ângulos diferentes. As formas distorcidas foram quase inteiramente aplanadas; há pouco espaço atrás ou à frente delas, de modo que são projetadas para diante. A da esquerda tem a postura das antigas egípcias; as duas seguintes lembram a arte ibérica primitiva, enquanto as duas à direita têm traços característicos de máscaras africanas.
Les demoiselles d'Avignon (1907), de Picasso.
No quadro Casas de L'Estaque, de Georges Braque (1889-1963) abandona a perspectiva e constrói formas através de cores, iluminando cada imagem separadamente, em vez de representar uma paisagem onde a luz provém de um único ponto.
Casas de L'Estaque (1908), de Braque.
Em Nu, de Picasso, a figura humana ainda pode ser reconhecida, mas aparece como um sólido geométrico cheio de facetas.
Nu (1909), de Picasso.
Em mulher sentada, Picasso utiliza a técnica do perfil duplo ou simultâneo, característica marcante de sua arte.
Mulher sentada (1937), de Picasso.
Guerrnica é uma tela assustadoramente vigorosa sobre o bombardeio de uma pequena cidade espanhola durante a Guerra Civil. Picasso era espanhol e republicano, e esse quadro é um protesto pessoal. A primeira vista, tudo parece caótico, mas a composição está estruturada com muita firmeza. Não existe cor, apenas preto  branco e tonalidades de cinza; a confusão e o horror são mostrados pelo modo como as formas estão distorcidas. A mulher com o bebê joga sua cabeça para trás para gritar, mas o touro simbólico e atropelador, com sua língua de bala e orelhas de ponta de faca, está indiferente. Essas partes do touro semelhantes a samas contrastam com as mãos espalmadas da mulher, que segura o bebê e gesticula desesperadamente ao mesmo tempo. O bebê tem uma cabeça inerte e seus pés pequenos e vulneráveis enfatizam a tragédia. O relâmpago da explosão é mostrado com uma lâmpada elétrica iluminando a cena, mesmo de dia, e projetando uma sombra irregular. O patriota no primeiro plano foi derrotado e segura uma espada quebrada. As pessoas caem umas sobre as outras e um cavalo é trazido para a pilha. Um espírito entra em cena da batalha, entre mulheres e crianças - e nada pode fazer. O lampião erguido sobre o caos por um braço estendido é inteiramente incapaz de competir com ele. Alguém corre, mas para o meio da confusão, não para longe dela, e a figura à direita é colhida pelos fragmentos de uma casa que desmorona. Na composição e na atmosfera desse quadro. Picasso captou um terrível momento de horror da guerra. A ação é levada a  cada canto da tela e parece ir além dela. As formas dilaceradas, a atmosfera de pânico, os símbolos de desastre conjugam-se para fazer de Guernica uma das poucas pinturas  genuinamente públicas, com um significado público e uma linguagem pública, deste século. Nisso, ela contrasta fortemente com o caráter experimental e privado de tantos movimentos que a precederam.

Guernica (1937), de Picasso.
Futurismo
Durante  os anos de 1909, desenvolveu-se, na Itália, o Futurismo, que propunha o rompimento com o passado, procurando integrar a arte, naquilo que se considerava o glorioso mundo moderno da velocidade, da violência e da guerra. Seu líder foi o poeta Filippo Marinetti (1876-1944). A palavra-chave desse movimento era "dinamismo", e isso devia ser mostrado na pintura. Na tela Velocidade abstrata - o carro passou, do pintor Giacomo Balla, que assim se manifestou: "Quando o objeto se desloca em velocidade, tudo o mais se movimenta. O carro passa, acelerando, e penetra em tudo o mais; despedaça os átomos de luz e deixa em sua esteira um estremecimento.

Velocidade abstrata - o carro passou (1913), de Balla.
Abstracionismo
Na primeira década do século XX, mais um "ismo" surge na história da arte, o Abstracionismo. O abstracionismo tem relações com o Cubismo e o Futurismo, mas leva mais longe a autonomia do artista. Se o  Cubismo fragmenta o objeto em formas geométricas, no fundo, tem a intenção de fazer a imagem inicial surgir de modo mais intenso, dentro de um espaço próprio. A mesmo ocorre com o Futurismo, cujas investigações sobre o movimento procuram imprimir ainda mais vigor ao tema tratado. Por mais difícil que seja identificar os objetos de um quadro cubista ou futurista, eles estão ali, ainda que dificilmente  reconhecíveis; constituem o ponto de partida da obra e revelam o caminho trilhado pelo artista antes de atingir a essência daquilo que procura representar. No Abstracionismo, o objeto desaparece completamente. O quadro deixa de figurar, de representar, de uma vez por todas, a realidade exterior. Vale poe si mesmo, independente de qualquer referência externa.
Um dos primeiros e mais influentes pintores abstratos foi o russo Vassili Kandinsky (1866-1944). Veja a tela Com o arco negro.

Com o arco negro (1912), de Kandinsky.
O Surrealismo
Surgido em 1924, é outro importante movimento artístico do começo do século XX. Buscando libertar o artista dos limites da razão, propunha a expressão plena da imaginação e do inconsciente. Foi criado pelo escritor francês André Breton (1896-1966) e, no campo da pintura, teve como seus principais representantes Salvador Dalí, Max Ernst, René Magritte, André Masson, entre outros. O mundo de sonhos e alucinações dos surrealistas é exemplificado em O olho do silêncio e Duas crianças são ameaçadas por um rouxinol, de Max Ernst e em Prenúncio da Guerra Civil, A condição humana e A persistência da memória, de Salvador Dalí.

O olho do silêncio (1943), de Max Ernst.



Duas crianças são ameaçadas por um rouxinol, de Max Ernst.



Prenúncio da Guerra Civil (1936), de Salvador Dalí.



A condição humana, de René Magritte.


A persistência da memória (1931), de Salvador Dalí.
Outro artista importante dessa época foi Lasar Segall. Ele nasceu em 1890, numa comunidade judia de Vilma, pequena cidade da Europa oriental russa. Esteve no Brasil em 1912, fazendo uma exposição, e depois retornou em 1923, para aqui fixar-se definitivamente, naturalizando-se brasileiro. Faleceu em São Paulo, em 1957. Exemplos de sua pintura forte e dramática podem ser vistos em A família enferma e Navio de emigrantes.
A Família enferma, 1920. LASAR SEGALL.
A família enferma (19200, de Segall.



Navio de emigrantes (1939), de Segall.
Influenciados pelos movimentos artísticos europeus, mas pesquisando soluções pessoais e buscando inspiração na nossa realidade, os artistas brasileiros beneficiaram-se do clima de liberdade e renovação estética trazido pela Semana de Arte Moderna de 1922. Exemplos das diversas tendências da pintura brasileira moderna podem ser vistos em Tropical, de Anita Malfatti e Samba, de Di Cavalvanti.

Tropical (1916), Anita Malfatti.


Samba (1928), de Di Cavalcanti.
A tela Pietá, de Vicente Rego Monteiro, é uma versão, elaborada talvez em 1966, do trabalho original, realizado em 1924 e que, como outras obras do autor, se perdeu num incêndio.
"Eu quis fazer um quadro que assustasse o Oswald (de Andrade), uma coisa que ele não esperava. Aí é que vamos chegar no Abaporu. O Abaporu era figura monstruosa, a cabecinha, o bracinho fino, aquelas pernas compridas, enormes, e junto tinha um cacto, que dava a impressão de um sol, como se fosse também uma flor. (...) Oswald disse: 'Isto é como se fosse selvagem, uma coisa do mato'. Eu quis dar um nome selvagem também ao quadro e dei Abaporu, palavra que encontrei no dicionário de Montoya, da língua dos índios. Quer dizer 'antropófago'."

Pietá (1966), de Vicente Rego Monteiro.

Blog de acvieira :AC VIEIRA - ESCULTURAS, PINTURAS E GRAVURAS., Tarsila do Amaral 'Abaporu - 1928' - OST.
Abaporu (1928), de Tarsila do Amaral
Na tela O café, de Cândido Portinari, já estão presentes as preocupações sociais que marcaram a obra desse importante pintor brasileiro.

O café (1934), de Cândido Portinari.
As obras Menino morto e o Enterro na rede, de Cândido Portinari, fazem da serie Retirantes, que tem por tema a tragédia dos nordestinos expulsos de suas terras pela seca. Observe os traços expressionistas que o estilo de Portinari possui.

Menino morto (1944), de Portinari.


Enterro na rede (1944), de Portinari