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sábado, 28 de março de 2020

Desejo de Regresso

Deixai-me nascer de novo,
nunca mais em terra estranha,
mas no meio do meu povo,
com meu céu, minha montanha,
meu mar e minha família.

E que na minha memória
fique esta vida bem viva,
para contar minha história
de mendiga e de cativa
e meus suspiros de exílio.

Porque há doçura e beleza
na amargura atravessada,
e eu quero memória acesa
depois da angústia apagada.
Com que afeição me remiro!

Marinheiro de regresso
com seu barco posto a fundo,
ás vezes quase me esqueço
que foi verdade este mundo.
(Ou talvez fosse mentira...)

Cecília Meireles

4 comentários:

  1. Boa tarde de paz e saúde, querida amiga Érika!
    Lindíssimo e atual. Poetas são também profetas... sentem antecipadamente a dor do mundo na pele,.
    Muito bom ter postado!
    Tenha dias abençodaos e na proteção do vírus diabólico!
    Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

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  2. OLÁ ÉRIKA,Como vai ?Tenho andado muito distante na visita ao Eeu Blogue ? Não é Esquecimento mas alguns Problemas a Juntar aos 86 anos...
    Gostei Muito deste Poema. Muita Saúde e Votos de que este MAL que está passando pelo MUNDO trmine depressa. Tenhamos de DEUS a ESPERANÇA da Sua SUA BONDADE e Misiricórdia,Façamos por isso. Alberto Santos

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  3. Foi bom ler aqui Cecília Meireles que tanto admiro.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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