Desejo de Regresso
Deixai-me nascer de novo,
nunca mais em terra estranha,
mas no meio do meu povo,
com meu céu, minha montanha,
meu mar e minha família.
E que na minha memória
fique esta vida bem viva,
para contar minha história
de mendiga e de cativa
e meus suspiros de exílio.
Porque há doçura e beleza
na amargura atravessada,
e eu quero memória acesa
depois da angústia apagada.
Com que afeição me remiro!
Marinheiro de regresso
com seu barco posto a fundo,
ás vezes quase me esqueço
que foi verdade este mundo.
(Ou talvez fosse mentira...)
Cecília Meireles
Boa tarde de paz e saúde, querida amiga Érika!
ResponderExcluirLindíssimo e atual. Poetas são também profetas... sentem antecipadamente a dor do mundo na pele,.
Muito bom ter postado!
Tenha dias abençodaos e na proteção do vírus diabólico!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
OLÁ ÉRIKA,Como vai ?Tenho andado muito distante na visita ao Eeu Blogue ? Não é Esquecimento mas alguns Problemas a Juntar aos 86 anos...
ResponderExcluirGostei Muito deste Poema. Muita Saúde e Votos de que este MAL que está passando pelo MUNDO trmine depressa. Tenhamos de DEUS a ESPERANÇA da Sua SUA BONDADE e Misiricórdia,Façamos por isso. Alberto Santos
Foi bom ler aqui Cecília Meireles que tanto admiro.
ResponderExcluirUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Cecília, sempre linda!
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