O estudo da origem e estrutura do universo é conhecido como cosmologia. No século XVII, pensava-se que o universo fosse estático, infinito e imutável. A cosmologia moderna teve início na década de 20, quando o astrônomo norte-americano Edwin Hubble mostrou que a distância entre galáxias está aumentando e que o universo está, portanto, se expandindo.
Há várias teorias que descrevem a origem e o futuro do universo. Um dos modelos, que hoje tem pouca aceitação, é a teoria do estado estacionário, que supõe que o universo sempre existiu e sempre existirá. Atualmente a maioria dos cientistas concorda que o universo se originou de uma grande explosão, o big bang; entretanto, há controvérsias quanto ao futuro do universo.
A origem do universo
Acredita-se que o universo tenha cerca de 14 bilhões de anos ( as estimativas variam entre 11 bilhões e 17 bilhões de anos). Atualmente, é de aceitação geral que o universo se originou em um evento cataclísmico conhecido como big bang. Modelos teóricos do big bang sugerem que os eventos iniciais na história do universo ocorreram muito rapidamente.
No início, o universo estava concentrado num ponto diminuto e era composto de uma mistura de diferentes partículas subatômicas, incluindo elétrons, pósitron, neutrinos e antineutrinos, juntamente com fótons (partículas que carregam luz). A temperatura era de 100 bilhões de graus Celsius e sua densidade, 4 bilhões de vezes maior que a da água.
Um segundo depois, a temperatura caiu para 10 bilhões de graus Celsius. Pósitrons e elétrons opostamente carregados aniquilaram-se mutuamente, liberando energia. Núcleos estáveis de hélio, consistindo de dois prótons e dois nêutrons começaram a se formar.
Três minutos após a criação do universo, a temperatura caiu para 900 milhões de graus Celsius, baixa o suficiente para a formação de núcleos de deutério ( um isótopo de hidrogênio), compostos por um próton e um nêutron.
Trinta minutos depois, a temperatura era de 300 milhões de graus Celsius. Restavam poucas das partículas originais e e a maioria dos elétrons e prótons havia sido aniquilada por suas antipartículas. - pósitrons e antiprótons. Muitos dos prótons e nêutrons restantes recombinaram-se para formar núcleos de hidrogênio e hélio, e a densidade do universo era cerca de um décimo de água. O universo continuava a se expandir e o hidrogênio e o hélio começar a formar estrelas e galáxias.
Indícios do big bang
Em 1868, o astronômo amador inglês Sir Willian Huggins (18₂4-1910) notou que linhas nos espectros de certas estrelas se deslocavam na direção da extremidade vermelhado espectro ( que vai do azul ao vermelho). Huggins percebeu que isso ocorria devido ao efeito Doppler, que havia sido descoberto em 1842. Assim como o som de um veículo em movimento parece mudar de intensidade enquanto ele passa, a cor da luz de uma estrela também muda de comprimento de onda à medida que estrela se aproxima ou se distancia de nós. As estrelas que se afastam da Terra têm sua luz deslocada em direção à extremidade vermelha do espectro ( deslocamento para o vermelho), enquanto aquelas que se aproximam de nós exibem um deslocamento em direção à extremidade azul.
Em 1929, Edwin Hubble, que também trabalhava na classificação de galáxias- analisou os deslocamentos para o vermelho de várias galáxias. Hubble descobriu que a velocidade de afastamnto de uma galáxia é proporcional à sua distância- ou seja, quanto mais distante a galáxia, mais rapidamente ela se afasta. Este princípio foi formulado como lei de Hubble, que tem a seguinte fórmula: velocidade= H x distância, onde H é a constante de Hubble, mas o valor mais aceito é 70 km por segundo por megaparsec (um megaparsec equivale a 3,26 milhões de anos-luz ). Portanto, uma galáxia que se afasta a 70 km/s s estaria a 326.000 anos luz de distância.
Radiação cósmica de fundo
Mesmo hoje, bilhões de anos após o big bang, os astrônomos são capazes de detectar um "eco" daquela descomunal explosão, na forma de radiação de microondas. A radiação tem intensidade máxima no comprimento de onda de 2,5 mm representa uma temperatura de -270º C ou 3 K. Nas proximidades do Sistema Solar, a radiação parece ter intensidade igual em todas as direções.
A aparente uniformidade da radiação de fundo constituiu um problema para os defensores da teoria do big bang, pois leva à questão de como o universo teria se tornado tão irregular, com grupos de galáxias em certas áreas e espaço vazio em outras. Uma possível resposta surgiu em 1992, quando os dados do satélite COBE mostraram minúsculas diferenças de temperatura (+ ou - 0,27 milikelvins )na radiação de fundo. Estas diferenças foram interpretadas como sendo indícios de flutuações infinitesimais na densidade que, por sua vez, levaram a efeitos gravitacionais locais na bola de fogo em expansão. Com o início da instabilidade gravitacional em certas regiões, a matéria começaria a se aglomerar, dando origem a protogaláxias.
O futuro do universo
O universo ainda está se expandindo, mas a quantidade de matéria que ele contém irá deteminar se a expansão continuará indefinidamente ou não. Um possível final para o universo é o chamado big crunch( a grande contração). As galáxias e outras matérias podem estar se afastando, mas seu movimento é restringido por sua mútua atração gravitacional. Se houver matéria suficiente no universo, a gravidade acabará vencendo e começará a puxar novamente as galáxias, fazendo com que o universo experimente um fenômeno oposto ao big bang - o big crunch.
O que acontecerá depois do big crunch é difícil de imaginar. Uma possibilidade é que se forme um novo universo, talvez contendo tipos de partículas completamente diferentes do nosso universo atual. Essa teoria cíclica sugere que o universo pode continuar a expandir a contrair alternadamente.
Entretando, pode não haver matéria suficiente no universo para que ocorra o big crunch. Se for assim, o universo continuaraá a se expandir eternamente. Apesar de isso significar que pode não haver um "fim" do universo, é provável que haja um limite do universo observável. A lei de Hubble afirma que a velocidade do afastamento das galáxias é proporcional à sua distância. Uma galáxia que esteja a uma distância tal que viaje à velocidade da luz não será mais visível, e isso irá, portanto, marcar o limite do universo que podemos ver. O limite do universo observável encontra-se a uma distância entre 11 e 17 bilhões de anos- luz.
Ecos do universo primordial. Este mapa de microondas do céu foi criado utilizando-se os dados do satélite COBE ( Cosmic Background Explorer) e mostra minúsculas variaçãoes ( entre o azul e o rosa) na radiação cósmica, cerca de 300000 anos após o big bang, que podem explicar a origem da "irregularidade" do universo.
O futuro do universo
O universo ainda está se expandindo, mas a quantidade de matéria que ele contém irá deteminar se a expansão continuará indefinidamente ou não. Um possível final para o universo é o chamado big crunch( a grande contração). As galáxias e outras matérias podem estar se afastando, mas seu movimento é restringido por sua mútua atração gravitacional. Se houver matéria suficiente no universo, a gravidade acabará vencendo e começará a puxar novamente as galáxias, fazendo com que o universo experimente um fenômeno oposto ao big bang - o big crunch.
O que acontecerá depois do big crunch é difícil de imaginar. Uma possibilidade é que se forme um novo universo, talvez contendo tipos de partículas completamente diferentes do nosso universo atual. Essa teoria cíclica sugere que o universo pode continuar a expandir a contrair alternadamente.
Entretando, pode não haver matéria suficiente no universo para que ocorra o big crunch. Se for assim, o universo continuaraá a se expandir eternamente. Apesar de isso significar que pode não haver um "fim" do universo, é provável que haja um limite do universo observável. A lei de Hubble afirma que a velocidade do afastamento das galáxias é proporcional à sua distância. Uma galáxia que esteja a uma distância tal que viaje à velocidade da luz não será mais visível, e isso irá, portanto, marcar o limite do universo que podemos ver. O limite do universo observável encontra-se a uma distância entre 11 e 17 bilhões de anos- luz.
Veja abaixo um vídeo super legal do canal Nerdologia, falando sobre muitas coisa que citei aqui.
Fonte: Enciclopédia Compacta de Conhecimentos Gerais, Istoé Guiness, Editora Três, 1995.
É um tema fascinante!!!
ResponderExcluirObrigada pela partilha!
Bj
Muito interessante. Sou empolgado com esta temática ... Com ou sem o big crunch o universo continuará eterno pois havendo novo big bang ocorrerá e assim por diante ... rs ... é o que eu depreendo do conhecimento até então.
ResponderExcluirSempre vale a pena ler e aprender mais sobre esse tema! Lindo outubro! bjs, chica
ResponderExcluirOlá Érika.
ResponderExcluirComo se diz cá na Minha Terra,quando a Gente não entende dizemos que " É Areia de mais para a minha Camioneta" Neste Tema também prefiro não entender.Cumprimentos . Alberto
Olá, Érika...
ResponderExcluirÉ bom novamente estar por aqui e ver o seu post...
Um texto bem interessante para refletir e concluir...
Obrigada pelas visitas por lá...
Abç
Oi Érica,
ResponderExcluirGostei do que postou
Eu fiz vários tópicos: As grandes invenções; futebol, aliás fiz muitos.
Eu sou professora e levava para a sala de aula um pouco mais simples, pois naquela época lecionava para a 4ª séria.
Beijos no coração
Lua Singular
Oi, Erika. Legal conhecer um pouco do que pensa sobre o universo e do que acredita ;)
ResponderExcluirbeijos
https://ludantasmusica.blogspot.com
Adorei o post!
ResponderExcluirBeijinhos,
O meu reino da noite
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Achei este post super interessante! Muito bem!
ResponderExcluirBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram
Não gosto de "cosmologia", Érika.
ResponderExcluirGeralmente não entendo.
Esperemos estar bem longe do 'big crunch'...
ResponderExcluirUm artigo muito interessante, Érika.
Venho agradecer as palavras simpáticas que deixou no meu blogue
a propósito do meu aniversário. Muito obrigada.
Também lhe desejo tudo o que há de melhor.
Abraços
~~~~
Oi querida,
ResponderExcluirNo meu blog tem de tudo, dê uma olhada nas postagens antigas.
Mas um momento cultural!
Beijos no coração
Lua Singular
Um artigo muito interessante minha amiga.
ResponderExcluirUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
O filme Noite de Lobos é horrível, Érika.
ResponderExcluirE violento.
Não entendi
Um post bem interessante e informativo.
ResponderExcluirObrigado pela partilha.
Erika, continuação de boa semana.
Beijo.
Um tema sempre fascinante... e que tantos mistérios, ainda encerra!
ResponderExcluirMais um post formidável, Erika! Parabéns!
Beijinhos
Ana
Só acho que seria prudente citar a fonte!
ResponderExcluirEstá no final do artigo, já foi citada a fonte. Atençãaaao
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