Este livro é uma narrativa contada nas perspectivas das duas personagens principais, Laila e Mariam e se passa durante a invasão soviética e também durante o domínio do Talibã. É bem emocionante e li o livro em poucos dias, é bem encadeado e não é a tôa que foi um best-seller.
Mariam é excluída da sociedade por ser uma harami, ou seja, uma filha ilegítima , gerada fora do casamento. Ela mora com sua mãe, propositadamente escondida, em uma cabana no alto de uma colina. Seu pai a visita semanalmente e sempre conta histórias sobre a vida que ele tem, sobre suas três esposas, sobre seus outros filhos... Ela nunca fora à cidade e pede como presente de aniversário um simples passeio com seu pai e pede também para conhecer suas meio-irmãs. No dia combinado, ele não apareceu ( obviamente com muita vergonha e convencido pelas esposas legítimas) e ela se muniu de coragem e foi à sua casa. Porém depois desse dia, sua vida muda para sempre.
Laila é uma garota que nasce bem no período da ocupação soviética e vê seus dois irmãos saindo de casa para irem para o front, para lutar e tentar livrar o Afeganistão da ocupação. Em meio a tudo isso, ela é uma aluna destaque de sua escola e seu pai, que é um professor universitário e um intelectual, a encoraja e diz que ela pode ser o que quiser, inclusive ele se dedica a ensiná-la assuntos que ainda não foram vistos em sala de aula para que ela seja sempre uma aluna adiantada. Por conta dos bombardeios e devido à insegurança de viver em Cabul , eles decidem emigrar para o Paquistão, para refazer a vida e se livrar de todo aquele sofrimento, porém, no dia que estão organizando as coisas para ir embora, sua vida muda completamente.
É uma história incrível, escrita por um afegão que reside nos Estados Unidos, e que te prende com toda a emoção. Foi a partir desse livro que me interessei pela história desse povo, que teve uma invasão da União Soviética e conseguiu se livrar dessa ocupação devido o apoio estadounidense, que armou até os dentes os afegãos para vencerem o combate. Várias milícias foram formadas e um desses grupos, os Talibãs, que é um grupo radical e fundamentalista, tomou o poder. Depois do ataque às Torres Gêmeas, os Estados Unidos declararam guerra e conseguiram tirar os talibãs do poder.
É difícil aceitar que no final do séc. XX e no começo do sec. XXI, algum país pudesse viver como se estivesse na idade média. Não estou julgando nem criticando o islamismo nem tudo o que levou a acontecer esse tipo de coisa, porém, é uma realidade bem distinta da qual eu vivo e nem imagino como viveria nessa sociedade. As pessoas sofreram muito, acabou água, comida, não tinha mais escola muito menos hospitais.Bombardeios, campos minados... Por conta disso, inúmeras pessoas emigraram para o Paquistão, para tentar fugir de tanta tristeza e sofrimento.
Para quem quiser saber mais sobre o que aconteceu nesse país, há um documentário incrível, muito bem feito, sem sensacionalismo que recomendo a todos. Coloquei o link aqui embaixo.
Espero que gostem do documentário e que leiam o livro. Beijinhos e uma ótima semana!
Parece ser um livro super interessante, de prender a leitura!
ResponderExcluirBom fim de semana.
Bj
Olhar d'Ouro - bLoG
Olhar d'Ouro - fAcEbOOk
Fica na minha lista. Bom fim de semana.
ResponderExcluirBeijinhos
Gostei muito muito quando li esse livro. Vale a pena ler.
ResponderExcluirBom fim de semana.
Não conhecia mas parece ser um livro interessante e que nos irá deixar a pensar nesta cultura. :)
ResponderExcluir--
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Oi querida,
ResponderExcluirDeve ser um livro muito bom, se não estivesse gastando muito com doenças, eu iria comprar.
Obrigada pela dica
adoro ler
Desculpa meu computador9tá velhinho) e me deixa na mão
Beijos
Lua Singular
Parece ser uma óptima sugestão de leitura... com um enredo bem actual... nesse contexto de sofrimento... que praticamente nos chega todos os dias um pouco mais, através dos meios de comunicação...
ResponderExcluirBeijinhos
Ana
Sou muito curiosa por tudo que acontece naquele mundo! Mundo à parte.
ResponderExcluirPerdi esse documentário, já salvei para vê-lo assim que der.
Ótima, excelente postagem, Érica.
Um beijo, amiga!