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quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Temperatura, cinética química e seres vivos.

Vejam um trecho adaptado de um livro de química que li.

Todo ser vivo depende de muitas reações químicas que ocorrem dentro de seu organismo. O conjunto dessas reações químicas é chamado de metabolismo. A velocidade de tais reações depende da temperatura do organismo; quanto maior a temperatura, maior a velocidade das reações. O ser humano tem uma temperatura que permanece, em geral, constante ao redor de 37°C. 

O aumento da temperatura, denominado hipertermia, faz o nosso metabolismo se acelerar. É o que acontece quando temos febre: nosso corpo trabalha em ritmo acelerado, e dessa forma, consome mais oxigênio e mais glicose, ou seja mais energia. Por isso aquela famosa canja de galinha ajuda tanto! A febre é um mecanismo de defesa; permite matar vírus e bactérias mais rápido porque mobiliza o sistema de defesa natural do organismo.  Contudo, temperatura corporal que se mantenha acima de 41,7°C pode causar morte porque acelera demais algumas reações que destroem substâncias vitais, chamadas enzimas. 

Quando a temperatura corporal decresce, o consumo de glicose e oxigênio diminui devido à diminuição da velocidade das reações químicas do metabolismo. A redução da temperatura normal do nosso organismo caracteriza a situação de hipotermia. Ela pode acontecer, por exemplo, com pessoas que permanecem em mares frios depois de naufrágios ou queda de aeronaves ou mesmo em países muito frio.

Temperaturas corporais prolongadas inferiores a 30°C são fatais. Reduzem tanto o metabolismo que as reações vitais passam a ter velocidade insuficiente para manter a pessoa viva. O uso controlado da hipotermia pode, contudo, ser utilizado em medicina. Em certas cirurgias cardíacas ou cerebrais, o paciente anestesiado é resfriado a cerca de 30°C, por contato com gelo. Isso reduz a chance de danos causados pela falta de circulação sanguínea, inevitável em alguns procedimentos cirúrgicos.

Aqueles animais que, ao contrário dos humanos, não mantêm sua temperatura constante (por exemplo, os répteis e os anfíbios) possuem um metabolismo extremamente sensível à temperatura ambiente. Em tais animais, a velocidade das reações metabólicas aumenta durante o dia e diminui à noite, de acordo com a variação de temperatura do ambiente. Portanto, eles precisam comer mais nos dias quentes de verão do que nos dias mais frios do inverno. 

Nas regiões mais distantes do equador e dos trópicos, onde os invernos são rigorosos, alguns desses animais costumam hibernar, o que reduz a velocidade de seu metabolismo ao mínimo, entrando num “sono profundo” e só acordando na primavera, quando a temperatura ambiente volta a subir”. 


A química pode ser fácil e acessível a todos. Acredito que não seja necessário palavras rebuscadas e termos diferentes para explicar coisas simples que acontecem no cotidiano. 



Fonte: PERUZZO, F.M.; CANTO, E.L.: Química na abordagem do cortidiano. 4a edição. São Paulo: Moderna, 2006. Volume 2.

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