O MEU OLHAR É NÍTIDO COMO UM GIRASSOL
Alberto Caieiro (heterônimo de Fernando Pessoa)
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no Mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...
Agora um pouquinho para vocês da visão que eu tenho todos os dias, na universidade.
Este é o Açude Santo Anastácio ( sim, existe um açude dentro da minha faculdade!!)
É uma belíssima visão.
Campus do Pici - Maio 2017
Campus do Pici- Maio 2017
Campus do Pici - Maio 2017
Lindo poema Que bom manter-se com o coração de criança. Se a humanidade mantivesse um puco do coração de criança, com certeza o mundo não estaria como está. Violento...Continues amiga, com o olhar nítido como um girassol. Tenha uma noite de paz. Abraços da amiga Lourdes Duarte
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