e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
Belo "Motivo" de leitura em um poema tão realista! Parabéns!
ResponderExcluirAbraço.
Simplesmente amo este poema!
ResponderExcluirE quem canta, seus males espanta!
ResponderExcluirMuito bonito.
Boa semana.
bjs