Via Láctea
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A Via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e entender estrelas"
Retorno e encontro aqui uma das jóias mais puras do Grande poeta Olavo Bilac.
ResponderExcluirUm abraço.
Élys
Sensacional momento cultural! Obrigada!
ResponderExcluirAbraço.
Boa tarde!
ResponderExcluirSensacional poema !
Olavo Bilac tornou-se eterno por ser um poeta tão atual em todas as épocas sem perder o romantismo e a emoção tocante!
Parabéns pela grande escolha!
Maravilhoso momento poético, em plena sintonia com a imagem!
ResponderExcluirAdorei! Uma lindíssima partilha!
Beijinhos
Versos maravilhosos, não esquecendo da imagem, que é fantástica!
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