Hábitos simples, como confirmar a presença, indicam o quanto o convidado conhece sobre boas maneiras.
Em outros tempos, as normas de etiqueta eram disciplina obrigatória em muitos colégios religiosos. O repasse dessas regras acontecia, naturalmente, no horário das refeições, pelos pais, que costumavam ter esse momento com os filhos, em casa.
Com cada vez menos tempo disponível para compartilhar o almoço, o jantar ou mesmo os fins de semana com os filhos, hoje, existem pessoas que só aprendem certas regras de etiqueta ao terem que comparecer a eventos sociais, o que causa vários constrangimentos.
Com cada vez menos tempo disponível para compartilhar o almoço, o jantar ou mesmo os fins de semana com os filhos, hoje, existem pessoas que só aprendem certas regras de etiqueta ao terem que comparecer a eventos sociais, o que causa vários constrangimentos.
Autora de quatro livros sobre o assunto, Glória Kalil afirma que etiqueta é uma questão de civilidade. Na introdução da sua obra "Alô, chics!", a autora desmistifica que etiqueta seja coisa do passado. "A falta de educação, de cortesia, o egoísmo e a excessiva individualidade tornam a vida nas grandes cidades infernal. E a etiqueta surge como uma espécie de ética do cotidiano, capaz de regular as relações entre as pessoas, deixando a vida mais leve".
No "Alô, chics!", os leitores podem ter acesso a informações preciosas e às vezes, óbvias, mas que muitos fazem questão de se esquecer. Um dos capítulos trata das roupas para viagens e outro sobre as perguntas proibidas, como "Você fez plástica?". Também constam no livro observações sobre os convites e qual a antecedência que se devem enviá-los e o "dress code", que orienta o convidado sobre o tom do evento e faz a recomendação para o tipo de roupa que se deve usar (esporte, esporte fino ou traje passeio, social completo e black-tie).
A sigla R.S.V.P, do francês "réspondez s´il vous plaît", indica que deve se confirmar ou não a presença, através do telefone indicado no convite. Em Fortaleza, raros convidados atendem a esse pedido
Falta de tempo
Na opinião da cerimonialista Teresa Borges, os mais jovens têm se dedicado muito ao trabalho e, assim não têm mais tanto tempo para aprender e repassar boas maneiras para os filhos. "Os pais desta geração também não tiveram oportunidade de se inteirar do assunto, salvo alguns, devido trabalharem fora, terem uma vida muito ocupada. Por isto, acho que os colégios poderiam assumir, como na França e Inglaterra, esta missão".
Deslizes
De acordo com a cerimonialista, um dos principais "deslizes" dos convidados é não confirmar a presença nos eventos. Outro problema é a insistência em "juntar mesas" em eventos, o que deixa o local com aspecto desorganizado. "Temos um problema recorrente: os convidados que gostam de desfazer as mesas postas e, certas vezes, é praticamente impossível manter o layout da festa. Geralmente, as pessoas não confirmam presença e - se confirmam - não vão. Já ouvi de pessoas que foram convidadas para um evento afirmarem que confirmavam presença somente para não deixarem de ser convidadas outra vez. Dependendo da festa, tem convidada que vai vestida inadequadamente", ressalta.
Glória Kalil escreveu quatro livros sobre etiqueta contemporânea. Para a autora, a falta de boas maneiras pode tornar a vida nas grandes cidades um verdadeiro inferno.
Outros tempos
Sobre as mudanças acarretadas pela modernidade, Teresa Borges destaca a emancipação feminina. "A etiqueta não é mais tão rígida como antigamente. Exemplo: nós, mulheres, não podíamos ter cartões de visita e nem convidar um homem para ir a um restaurante. Hoje, executivas marcam reuniões em almoços para decidirem assuntos pendentes e entregam seu cartão de executiva com endereço e telefone profissionais", diz.
Teresa Borges ainda deixa um recado para quem acha que a etiqueta não deve ser levada a sério. "Que as pessoas não achem que etiqueta é ´frescura´ e procurem ter noção básica dessas normas. Muitos só se dão conta da necessidade quando comparecem a um evento onde se procura cumprir as normas de bem viver".
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1322802
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1322802
Boa noites amigas.
ResponderExcluirUma excelente postagem.Etiqueta com certeza não é frescura e sim necessária para se viver em sociedade. Felizes dias para vocês. Abraços.
Boa noites amigas.
ResponderExcluirUma excelente postagem.Etiqueta com certeza não é frescura e sim necessária para se viver em sociedade. Felizes dias para vocês. Abraços.
Interessante teu post e texto. Etiqueta nunca deve sair de moda, como educação! beijos, lindo dia! chica
ResponderExcluirAmei ler aqui, aprendi desde criança as normas de etiqueta, meus pais eram rígidos quanto a isso, almoço em família com hora certa até hoje é cumprida, confirmar presença em eventos é bom senso, portanto...
ResponderExcluirAcho que nem precisa ser tão rígida, mas o minimo seria bom né mesmo?
Abraços lindas meninas!
Olá, garotas!
ResponderExcluirO que ficou mais forte em mim ao terminar de ler este livro, foi o seguinte: ser chique é ser simples, sem exageros, respeitando espaços, pisando leve, buscando não estar sempre em evidência. Bem, nem sempre eu sou chique... mas quando eu quero ser, eu me lembro do que li neste livro.
Adoro a Glorinha.