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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Cidade 2000: De conjunto distante a bairro central e cheio de serviços

A lonjura era desafio, 41 anos atrás. Chegar à Alameda das Rosas, o novo endereço da agora aposentada Maria Tereza Villa Real, 69, representava odisseia. A Cidade 2000 começava a nascer, mas com acesso ainda limitado, recorda-se a terceira moradora a chegar àquela ruela do bairro.
“Ônibus não vinha até aqui. Não existia a (avenida) Santos Dumont. Era tudo morro, muito mato. Horrível pra chegar”, conta. Edições do O POVO do começo da década de 1970 comparavam a construção à Brasília feita anos antes por Juscelino Kubitschek. “Cidade 2000 caminha em ritmo de Brasília na Aldeota”, dizia a manchete de página do dia 6/2/1971.
Hoje, o bairro com jeito de área organizada e flores que brotam mais nos nomes das alamedas (tem dos Jasmins, dos Lírios, das Margaridas...) do que nas calçadas, está em uma área de Fortaleza que só cresce e está “perto de tudo”. Se antes chegar era difícil, hoje é complicado não encontrar supermercado, banco, restaurante, shopping, tudo na região.
É a localização o ponto mais comemorado pela maioria dos moradores. “Tem supermercado”, reforça Maria Tereza. A vizinha dela, a pensionista Aurora Luiza de Souza, de 26 anos, nasceu no bairro e declara-se: “Não troco este bairro por nada neste mundo. Não existe lugar melhor pra morar não”, derrete-se. Elas lembram que, apesar dos nomes das alamedas, por ali todos só se referem aos endereços pelas quadras. São 46 - como bem mostra o mapa posto no meio da praça central (essencial para os recém-chegados).
A vizinhança reclama de uma “onda de assaltos” que estaria acontecendo na Cidade 2000, mas, para Aurora Luiza, nem isso tira o encanto do bairro. “Morte tem em todo canto”, conforma-se. Apesar disso, é o “clima” da região que encanta o aposentado Luiz Filho Correia Campos, de 59 anos - 35 vividos na “2000”. Com o portão de casa aberto, esposa se balançando na cadeira, netos ocupando a calçada com brincadeiras, a vida segue calmamente para eles. E a brisa que bate por ali, na Alameda das Tulipas, une Luiz e a família à Cidade 2000. “Hoje está quente, mas tem essa brisa”, sorria. “Até 22h, 23 horas a gente fica na rua...”, conta a esposa de Luiz, Maria do Rosário.
O “privilégio” de ver a tarde passando da calçada é comemorado também pela doméstica Irineide Andrade, 52. Para ela, a “2000” hoje é “bairro muito desenvolvido”.
REGIÃO
A proximidade de diversos serviços e espaços - como shopping, terminal de ônibus e praia - é comemorada pelos moradores.

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