Se a humanidade teve um uniforme no século 20, foi o jeans. Fica difícil imaginar um país ou uma ocasião em que ele não seja encontrado. Serve para todas as idades e foi a primeira vestimenta usada por homens e mulheres. Esse caráter universal está no próprio DNA da peça: com base em uma ideia de um alfaiate americano, um comerciante alemão criou o jeans como uma variação de um tecido francês, muito usado por marinheiros genoveses. E a cor azul característica veio do índigo, uma tintura desenvolvida na Índia.
Essa história começou em 1847, quando o jovem germânico Oscar Levi Strauss (1829-1902) abriu uma loja de secos e molhados em São Francisco, na Califórnia, bem no auge da mineração no Velho Oeste norte-americano.
Ainda sem falar direito o inglês, ele começou a vender rolos de lona, usados para erguer tendas ou cobrir carroças. Um de seus compradores era o costureiro Jacob David Youphes. O americano adaptou o tecido para fazer calças, e os mineradores adoraram a novidade. Agora eles tinham roupas bem mais resistentes que suas peças de algodão, que rasgavam com facilidade. Ao saber dessa demanda, Levi Strauss contratou Youphes e começou a fabricar calças de lona.
Ainda sem falar direito o inglês, ele começou a vender rolos de lona, usados para erguer tendas ou cobrir carroças. Um de seus compradores era o costureiro Jacob David Youphes. O americano adaptou o tecido para fazer calças, e os mineradores adoraram a novidade. Agora eles tinham roupas bem mais resistentes que suas peças de algodão, que rasgavam com facilidade. Ao saber dessa demanda, Levi Strauss contratou Youphes e começou a fabricar calças de lona.
Mas o tecido era duro demais. Foi então que, pesquisando materiais, Strauss encontrou um tipo de brim francês, também resistente, mas flexível. E começou a fazer importações da cidade de Nîmes - motivo pelo qual esse brim passou a ser
chamado de denim. Essa peça chegava ao fabricante com algumas variações de cor, entre o branco e o bege, o que atrapalhava na hora de combinar as tonalidades para costurar. Então o alemão resolveu tingir o tecido com índigo.
chamado de denim. Essa peça chegava ao fabricante com algumas variações de cor, entre o branco e o bege, o que atrapalhava na hora de combinar as tonalidades para costurar. Então o alemão resolveu tingir o tecido com índigo.
Pouco depois, Strauss percebeu que os mineradores precisavam de bolsos para guardar as pedras que encontravam. Em 1872, ele patenteou o produto. Não demorou muito para o garimpeiro Alkali Ike reforçar os seus com rebites de metal. E assim, com esse toque final de criatividade, estava pronta a calça jeans como a conhecemos. Nas décadas seguintes, ela conquistaria os mais diversos públicos, até atravessar todas as fronteiras do planeta.
Veja como o jeans foi incorporado à cultura mundial através dos anos:
Lona de barraca: em 1850, o alemão Levi Strauss chegou à Califórnia com tecido para fazer barracas para os mineradores. Três anos depois, o alfaiate Jacob Youphes percebeu que o material funcionava muito bem como roupa.
Farda de guerra: em 1916, Henry David Lee (1849-1928), que havia fundado sua empresa de calças em 1899, criou fardas jeans usadas pelo Exército americano na Primeira Guerra Mundial.
Roupa de fábrica: na década de 20, o tecido passou a ser usado por operários. Em 1936, o hábito foi parar nos cinemas com o filme Tempos Modernos, em que Charles Chaplin (1889-1977) aparecia usando uniforme feito de jeans.
Uniforme de rebeldia: nos anos 50, Elvis Presley (1935-1977), Marlon Brando (1924-2004), Marilyn Monroe (1926-1962) e James Dean (1931-1955) adotaram o tecido. "Foi quando o mercado se voltou para os desejos dos jovens", diz a consultora de moda Lu Catoira, autora do livro Jeans, a Roupa que Transcende a Moda.
Objeto de desejo: nos anos 70 e 80, o jeans só não era vendido nos países dominados pela União Soviética. Do lado de lá da Cortina de Ferro, bandas de rock protestavam usando calças contrabandeadas.
Nós não ficamos atrás em relação ao resto do mundo em inovação e produção. O Brasil já é o maior produtor de tecido jeans do mundo e produz em média 25 milhões de metros por mês.O jeans brasileiro ficou reconhecido pela invenção da cintura baixa e pelo índigo com tactel, que deixa a calça 30% mais leve.
Uniforme usado todos os dias, o jeans é também usado como termômetro para medir o crescimento econômico da população brasileira, pois o aumento do consumo de roupas jeans é reflexo do crescimento do país. Pode-se afirmar que o Brasil é o pais do samba, do futebol e do Jeans!
Imagens do google
Texto extraído do site http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/
http://www.portaisdamoda.com.br/
Boa noite Érika e Bárbara! Gostei do texto, muito bom, quem não ama uma boa calça ou até outras peças descontraídas, confeccionadas com o tecido que é mesmo um achado do passado e continua ainda em alta!
ResponderExcluirAbraços e tenham um bom domingo!
Bom dia Ivone! Sim, é verdade, foi confeccionada a anos atrás mas ainda continua em alta, que o diga aqui na nossa casa, rsrsrs!
ExcluirAbraços e tenha um domingo maravilhoso!
Jeans by nobreza, com grife, ou pobreza, sem grife nenhuma é o grande uniforme mundial! Não há dúvida alguma! Presença marcante! Um texto informativo excelente!
ResponderExcluirAbraço.
O jeans conquista gerações e tornou-se um elemento tradicional, presente em todos os guarda-roupas. Beijos da meninas e uma semana maravilhosa!
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