O ser humano é rico na sua diversidade cultural.
Vemos aqui três obras de arte retratando o mesmo tema, com cenas semelhantes, magnificamente elaboradas por grandes mestres da pintura e, ao mesmo tempo bastante distintas de acordo com aspectos culturais dos séculos em que foram criadas.
A Última Ceia (1495-1497)
Leonardo da Vinci - Refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie, Milão - Itália
Leonardo da Vinci (1452-1519), em sua época, retrata a Última Ceia com todos os apóstolos sentados e posicionados como para uma seção de fotos. Podemos perceber a existência de uma perspectiva, no quadro, que aprofunda a cena no seu ambiente e abre janelas que nos possibilitam ver além da cena principal. Todas as linhas da perspectiva se encontram na cabeça de Cristo. Esses são alguns códigos do Renascimento. O ser humano, nesse período, nutri-se de grandes esperanças.
Leonardo da Vinci (1452-1519), em sua época, retrata a Última Ceia com todos os apóstolos sentados e posicionados como para uma seção de fotos. Podemos perceber a existência de uma perspectiva, no quadro, que aprofunda a cena no seu ambiente e abre janelas que nos possibilitam ver além da cena principal. Todas as linhas da perspectiva se encontram na cabeça de Cristo. Esses são alguns códigos do Renascimento. O ser humano, nesse período, nutri-se de grandes esperanças.
A Última Ceia (1828)
Mestre Athayde - Refeitório do Colégio Caraça, Minas Gerais - Brasil
Na obra de Manoel da Costa Athayde (1762-1830), podemos ver a cena da Última Ceia como se fosse uma festa. Tudo parecido meio desorganizado, obscuro, sem o equilíbrio do Renascimento. Existem olhares que seduzem e olhares de fé. Este é o princípio básico do Barroco: a dualidade (céu e terra).
As cores utilizadas são típicas do barroco mineiro: o vermelho (quente) e o azul (fria). Existem apóstolos colocados de cotas e outros de pé. A sensação é espontaneidade, como se chegássemos naquele instante àquele lugar. Não existe uma saída. As janelas ou portas retratadas não levam a lugar algum. A perspectiva é pequena para todos.
Na obra de Manoel da Costa Athayde (1762-1830), podemos ver a cena da Última Ceia como se fosse uma festa. Tudo parecido meio desorganizado, obscuro, sem o equilíbrio do Renascimento. Existem olhares que seduzem e olhares de fé. Este é o princípio básico do Barroco: a dualidade (céu e terra).
As cores utilizadas são típicas do barroco mineiro: o vermelho (quente) e o azul (fria). Existem apóstolos colocados de cotas e outros de pé. A sensação é espontaneidade, como se chegássemos naquele instante àquele lugar. Não existe uma saída. As janelas ou portas retratadas não levam a lugar algum. A perspectiva é pequena para todos.
A Última Ceia (1955)
Salvador Dali - Galeria Nacional doe Arte ashington DC - EUA
Na obra moderna do Surrealismo, de Salvador Dali (1904-1989), temos a sensação do espiritualismo da cena. Algo sobrenatural se rompe, um tronco sem cabeça e com braços abertos em uma grande janela sextavada. Uma alusão à Ressurreição. A cena se funde com o primeiro plano entre água e céu, corpo e paisagem. Através do corpo de cristo flui um barco que se ancora nesta mesa.
A toalha branca ainda mantém os vincos de bem guardada. Todos os apóstolos estão posicionados de cabeça baixa, reconhecendo a autoridade de Cristo, o único a se posicionar com altivez. Duas metades de um pão e meio copo de vinho se encontram sobre a mesa. Uma luz horizontal rasga a tela ao meio.
Fonte: Revista Criança, nº 46 - Dezembro de 2008.
Na obra moderna do Surrealismo, de Salvador Dali (1904-1989), temos a sensação do espiritualismo da cena. Algo sobrenatural se rompe, um tronco sem cabeça e com braços abertos em uma grande janela sextavada. Uma alusão à Ressurreição. A cena se funde com o primeiro plano entre água e céu, corpo e paisagem. Através do corpo de cristo flui um barco que se ancora nesta mesa.
A toalha branca ainda mantém os vincos de bem guardada. Todos os apóstolos estão posicionados de cabeça baixa, reconhecendo a autoridade de Cristo, o único a se posicionar com altivez. Duas metades de um pão e meio copo de vinho se encontram sobre a mesa. Uma luz horizontal rasga a tela ao meio.
Fonte: Revista Criança, nº 46 - Dezembro de 2008.
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