1. O saudoso prof. Antônio Furtado sabia muito português. Certo dia, uma aluna cumprimentou-a assim:
- Há tempos não lhe vejo!
- Nem a gramática...
- Como? A gramática?
- Sim, porque o verbo "ver" pede objeto direto; "Não o vejo."
Quando um amigo brincou com o mestre e lhe disse; "Deus lhe abençoe",ele acrescentou sarcasticamente;
- E a gramática... a gramática...
Noutro ensejo, um colega falou;
- Furtado, eu lhe aguardo aqui na porta do Excelsior.
- E a gramática, "seu" ignaro.
Nos dois últimos caso, como o leitor, os verbos são também transitivos diretos: "Deus o abençoe" e eu o aguardo.
Fortaleza, sábado, 01 de dezembro de1984
Jornal O POVO Itamar Espíndola
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