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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Robison Crusoé

Eu quis construir um barco salvador 
que me libertasse do isolamento da minha 
ilha deserta,
da minha ilha árida, cercada de águas
violentas.
Aos poucos fiz crescer sobre a areia virgem
o casco possante,
a proa alta orgulhosa como ave migradoura.

Dei-lhe, remos que furassem o ventre das
ondas,
dei-lhe velas,
as grandes velas brancas que o fizeram 
deslizar...
Oh! O desejo de abandonar para sempre a 
solidão impenetrável
e fugia livremente nas águas longas e azuis!

Só depois, de ter gasto o meu esforço
foi que vi que meu barco era enorme,
pesado,
e que nunca conseguiria arrastá-lo até o mar!
                                                                                                         
Afonso Arinos   

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