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quinta-feira, 16 de abril de 2015

Retorno e novidades!

Saudações queridos amigos!

       Depois de um looongo tempo sem postar nada por aqui, gostaríamos de avisar que... Estamos de volta!! E temos ótimas notícias!! 

       Iremos iniciar uma série de posts contando a história de várias mulheres cearenses que, com bravura, coragem , se destacaram e devem ser relembradas. Existem muitas mulheres de atitude que são homenageadas com nomes de ruas, praças e monumentos. Mas isto só não basta! A histórias delas devem ser lidas e relidas, como forma de inspiração para os dias de hoje. A integridade moral, a luta por motivos nobres e a lealdade a si mesma deve sempre inspirar todas as mulheres cearenses e brasileiras. 

       Dessa forma, gostaríamos de apresentar esta mulher: 

Jovita Feitosa


Uma das personalidades cearenses mais lembradas quando se fala de Guerra do Paraguai era uma mulher e, ironicamente, não foi ao confronto: Antônia Alves Feitosa, Jovita Feitosa.

Pertencente ao ramo pobre de uma família latifundiária cearense, nasceu no povoado de Brejo Seco, nos Inhamuns, em 1848. Aos 12 anos, perdeu a mãe numa epidemia de cólera, indo depois morar com uma tio em Jaicós, no Piauí.

Ao saber do início da Guerra do Paraguai, Jovita, então com 17 anos, pôs o pé na estrada rumo a Teresina, escondida do tio. Decidiu ir ao Prata com o propósito de vingar a humilhação passada por seus compatriotas nas mãos dos "desalmados paraguaios".

Visto que o exército não aceitava mulheres como soldados, passou Jovita Feitosa a faca nos cabelos e pôs um chapéu de vaqueiro para se apresentar como "voluntário da Pátria". Entretanto, antes que fosse para a batalha, seu disfarce foi por água abaixo, pois foi descoberta por outra mulher.

A jovem foi incorporada excepcionalmente, e de saiote e blusa militar com a divisa de primeiro  sargento, seguiu junto a um dos batalhões para o Rio de Janeiro ( setembro de 1865). Mulata, de feições índias e estatura mediana, Jovita ganhou destaque nas imprensa da Corte. Respeitáveis personalidades renderam lhe homenagens, discursos e admirações. Foi ovacionada como heroína por onde passou. 

Na realidade, virou um instrumento de propaganda para estimular novos voluntários a "lutar pela Pátria".

Em novembro de 1865, o ministro da Guerra expediu ofício pondo fim ao sonho sublime da exaltada sertaneja, negando-lhe o desejo de ir à guerra. Permanecendo no Rio de Janeiro, envolve-se sentimentalmente com um engenheiro inglês de nome Guilherme Noot. Caiu em profunda depressão, depois, ao saber que o amado havia regressado ao seu país de origem sem nada lhe comunicar. Cometeu suicídio com uma punhalada no coração, aos 19 anos de idade. O nome Jovita era apelido caseiro.

Jovita era uma mulher admirável. Assumiu o compromisso de ir à luta, mesmo sabendo que não podia. Quantas e quantas vezes achamos que perdemos a batalha, desistindo de nos esforçar para vencer? Um ditado popular muito interessante diz que " Se não deu  certo, é porque ainda não acabou". Esforço e empenho determinam o quão profundo iremos chegar, o quão longe iremos alcançar. Os sonhos ousados de Jovita foram impedidos de ser realizados, mas ela fez com que muitas outras mulheres começassem a sonhar.


Fonte: De Farias, Aírton. História do Ceará, 5ª edição revisada e ampliada.

4 comentários:

  1. Começo por dar as Boas Vindas ás Meninas, Érika e Bárbara , que também prevejo um dia também ficarão na História , quanto mais não seja, pelo seu Trabalho e Amizade.
    Sempre houveram Mulheres de Valor e Valentia , Brites de Almeida , A Padeira de Aljubarrota em 1385 aqui em Portugal foi uma das que Enobreceram a MULHER.
    Beijinhos. Alberto

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    1. Olá Senhor Alberto! Nós iremos pesquisar sobre Brites de Almeida. Quem saber brevemente não apareça aqui no blogue. Agradecemos os seus elogios, saiba que ficamos muito contentes com sua presença aqui no blogue. Um abraço de Érika e Bárbara!!

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  2. Que linda volta, amo ler sobre história, principalmente de mulheres assim, guerreiras!
    Amei ler, muito nos enriquece os conhecimentos!
    Abraços e boas vindas lindas amigas, Érika e Bárbara!

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    1. Olá Ivone, tudo bem? A história de uma mulher assim serve de exemplo para nós!! Um abraço e uma ótima semana.

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