Fazer a diferença na vida de alguém: é exatamente isso que o trabalho voluntário proporciona a quem realiza. Em um mundo onde cada vez mais existe o senso de individualismo, fazer a diferença por livre e espontânea vontade e sem esperar receber nada em troca é um diferencial. Esse trabalho proporciona também bem-estar e alegria a quem o realiza.
A ideia de ajudar os outros costuma encantar, mas os psicólogos ressaltam que antes de de se doar é preciso estar inteiro, de bem com você mesmo. Às vezes, a pessoa parte para a ajuda, mas no fundo quer é ser ajudada. Isso pode acabar aumentando os problemas e pode até atrapalhar o andamento da instituição. Portanto, antes de se inscrever em uma ONG ou em um centro comunitário ou em um centro de saúde, o primeiro passo é analisar suas motivações e se preparar para uma boa dose de envolvimento.
Trabalho voluntário não é caridade. Deve haver profissionalismo, responsabilidade , comprometimento e vontade de trabalhar.
Outro ponto importante para quem está percorrendo esse caminho é saber manter um certo distanciamento entre os problemas enfrentados nessas atividades e os seus. Isso evita que o trabalho de cooperação não se torne mais uma fonte de tristezas, tal como a situação de uma mãe que quer reviver a infância dos filhos atuando em uma creche. Ela não deve fazer trabalho voluntário, ela deve ir para a terapia. Mas, se a questão for bem resolvida e superada, os aprendizados pessoais são valiosos. Há pessoas que aprendem uma nova habilidade, outros ganham lições de vida. Quando estamos nos doando, esquecemos de nós mesmos. Isso não é fugir dos problemas, mas é saber encará-los. Começamos a ver que nossos problemas são irrisórios.
Ao procurar uma instituição, devemos procurar fazer o que gostamos, procurar utilizar nossas habilidades e o nosso tempo disponível, sempre de acordo com a necessidade da organização.
Além de ONGs, centros comunitários ou de saúde, você pode propor alguma ideia para realizar em escolas públicas. Existem muitas igrejas e grupos religiosos que se dedicam a fazer esse tipo de trabalho. O importante é ajudar, da forma que puder. Quando se ajuda alguém, você pode mudar a vida dessa pessoa.
Mas então, o que fazer? Se você é um bom ouvinte e se gosta de conversar com as pessoas, você pode atuar em hospitais e centros de saúde. Vale contar histórias e ouvir com interesse as histórias de cada um. Se você gosta de desenvolver jogos para crianças e jovens que exijam energia e esforço como correr, pular ou dançar ou atividades que lidem com o raciocínio, memória, criatividade, você será bem aceito em lugares que jovens e crianças sejam a maioria. Se você se interessa mais em atividades educativas, tais como ensinar alguma atividade como oficinas de reciclagem ou de artezanato, é ideal atuar em ONGs que promovam reforço escolar, cursos de capacitação, alfabetização de adultos, informática e linguas estrangeiras. Se você desejar, também pode promover o bem-estar e alegria de pessoas idosas que vivem em asilos.
Trabalhe em uma causa que você acredite. Comece a trabalhar para melhorar o mundo. Quando você escolher uma entidade, entre em contato e vá ajudá-la. Descubra exatamente o que esperam de você e se o trabalho está dentro de suas intenções e disponibilidade. Lembre sempre que o voluntariado exige o mesmo grau de profissionalismo que uma empresa.
O que fazer com o tempo disponível na semana?
1 HORA: ajudar no planejamento de ações, contar histórias em asilos, creches e hospitais, dar palestras, atualizar o site da instituição e outras atividades de escritório.
2 HORAS: legalizar a situação dos moradores de rua, coletar doações, organizar materiais para uma atividade a ser desenvolvida, acompanhar doentes em exames complicados, distribuir sopa de madrugada a desabrigados, ajudar na cozinha.
1 MANHÃ: participar de ações em favelas, trabalhar com crianças especiais, dar aulas, organizar feiras e bazares comunitários, auxiliar deficientes visuais em suas tarefas de leitura.
1 DIA INTEIRO: visitar instituições no interior do estado, participar de mutirões, se envolver em atividades que exijam deslocamentos para lugares distantes.
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