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domingo, 23 de setembro de 2012

O bode Ioiô


O animal de estimação de toda uma cidade

No início do século XX, a cidade de Fortaleza-CE adotou um animal de estimação diferente: um bode que percorria diariamente o trajeto da Praça do Ferreira à praia de Iracema. Como sua rota mais lembrava um ioiô, não havia nome melhor para o animal.
Ioiô chegou a Fortaleza durante a seca de 1915. Era o único bem de um retirante, que ainda assim precisou vendê-lo. O comprador foi Rossbach Brasil Company, uma conhecida empresa inglesa instalada na Praia de Iracema. Em pouco tempo, o bicho circulava pelas ruas.
Na Praça do Ferreira, Ioiô bebia cachaça com os boêmios e ficou famoso por frequentar os mesmos cafés onde se reuniam vários escritores famosos, tal como o Café Java, ponto de encontro dos "padeiros" da famosa Padaria Espiritual. Muitos intelectuais da época relatam fatos curiosos sobre o carismático animal. Considerado um membro da elite intelectual da cidade, participava das reuniões literárias e dos atos políticos realizados na Praça do Ferreira.
Segundo versa a lenda urbana, o bode gostava de ver o mar todos os dias. Também se conta que ele teria comido a fita inaugural do Cine Moderno. Na realidade, o bode foi  um personagem que revela a íntima relação do cearense com a brincadeira e o humor.
Quando morreu, em 1931, Ioiô foi empalhado e hoje pode ser visitado no Museu do Ceará. Mas sua história não terminou aí, Bode Ioiô vive em páginas de livros infantis, cordéis e películas de documentários.

Museu do Ceará
Rua São Paulo, 51 - Centro
CEP. 60030-100
Fortaleza - CE.
Entrada gratuita. Fone: (085) 3101.261.
E-mail: musce@secult.ce.gov.br

Fonte: Revista PENSE!

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